O município de Santarém evocou, no dia 30 de novembro, Bernardo Santareno, naquele que foi o mês do seu nascimento, na Sala de Leitura Bernardo Santareno. De acordo com a autarquia, Bernardo Santareno é considerado o maior dramaturgo português do século XX.

A evocação contou com as participações do seu primo e advogado, Joaquim Martinho da Silva; de José Miguel Noras, investigador do dramaturgo; de Vicente Batalha, encenador, ator e seu amigo; de Miguel Moreira, ator, performer, coreógrafo e encenador; e de Inês Barroso, vice-presidente da câmara de Santarém.

A sessão contou ainda com a apresentação de uma Performance sobre "O Duelo", encenada por Miguel Moreira e apresentada pelos alunos do Curso de Artes do Espetáculo da Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, numa iniciativa integrada nas comemorações do Dia Internacional das Cidades Educadoras.

Depois de se ter formado em Medicina, Bernardo Santareno especializou-se em Psicologia, mas foi a escrita que lhe deu maior relevo, tendo iniciado o seu percurso literário associado ao teatro com a publicação de várias peças nas décadas de 50, 60 e 70, como são os casos do "Bailarino", "A Promessa", "O Crime da Aldeia Velha", "António Marinheiro", "O Judeu" ou "A Traição do Padre Martinho".

Bernardo Santareno, pseudónimo literário de António Martinho do Rosário, nasceu no dia 19 de novembro de 1920, em Santarém. A sua obra completa foi organizada e anotada por Luiz Francisco Rebello e publicada em quatro volumes entre 1984 e 1987. Parte do espólio de Bernardo Santareno encontra-se no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional.